quinta-feira, 16 de junho de 2011

Filarideos


Família Dipetanolematidae
Gêneros Onchocerca, Dirofilaria e Dipetanolema

Família Stephanofilaridae
Gêneros Setaria e Stephanofilaria
            
 Todos esses são parasitos de mamíferos e não provocam zoonoses. todos são filiformes delgados, de sexos separados, extremidade anterior não muito decorada. Têm esôfago, a abertura genital da fêmea fica na parte anterior do corpo. Todos os filarídeos não depositam ovos, e sim microfilárias (indivíduos filiformes alongados (L1)). São vivíparos. O macho tem extremidade posterior com espículos. Todos eles exigem hospedeiro intermediário, que são invertebrados: artrópodes hematófagos fêmeas.
           
            CICLO:
O hospedeiro definitivo tem o parasito adulto. Após a cópula eles produzem microfilária (L1). Ela circula através do sangue ou da linfa, ou permanece nos espaços intracelulares.

Ao exercer o hematofagismo sobre os mamíferos, o hospedeiro intermediário ingere a microfilária. Ela é capaz de usar suas enzimas digestivas e atravessar o intestino do hospedeiro invertebrado. As enzimas digestivas das microfilárias ingeridas são capazes de fazê-las atravessar antes da formação da membrana peritrófica, e ela chega então à cavidade geral do animal. Ali ela passa a L2, e essa a L3, que é a forma infectante (de L1 a L3 leva de 10 a 14 dias).

Quando se tem a L3 formada ela migra para a região anterior e chega nas peças bucais (nunca vão para as glândulas salivares). Quando o invaertebrado hematófago faz o segundo repasto sanguíneo as formas L3 não são inoculadas no hospedeiro definitivo, mas elas caem na sua pele e penetram pelo orifício que o inseto deixa quando ele exerce o hematofagismo. Ou seja, a infecção não é por inoculação, mas sim por contaminação. Assim ocorrendo, no hospedeiro definitivo, L3 alcança os vasos (sanguíneos ou linfáticos), ou até mesmo no local de penetração, ela passa a L4, L5 e adulto.
           
O período pré patente varia de 2 a 6 meses, variando de hospedeiro para hospedeiro.
           
Tanto os vermes adultos como as microfilárias têm período de longevidade sobre o hospedeiro, e esse período pode chegar a anos.
            Forma de transmissão sem envolver hospedeiro intermediário: microfilárias passam direto da mãe gestante para o feto.
           
Com relação aos adultos, a espécie mais patogênica é a Dirofilaria immitis. Esse parasito ocorre no coração direito e artérias pulmonares. Os machos medem de 10 a 16cm e as fêmeas de 26 a 30cm. Sua ação lesiva é, sobretudo, mecânica.

As outras espécies: Setaria cervi e Setaria bovis ocorre em ligamentos da cavidade abdominal e ligamentos pleurais de bovinos; os adultos são pouco patogênicos. Dipetalonema reconditum e Stephanofilaria stilesi  ocorrem em tecido subcutâneo e têm uma pequena ação patogênica. Em compensação as larvas de todos eles, sobretudo a forma de microfilçária, podem ser fatais, podendo alcançar pequenos vasos, causar isquemia, necrose e até a morte. Podem causar dermatites, prurido intenso, alergias e vários outros fenômenos desencadeados por antígenos que eles secretados. Os adultos se forem tratados e mortos, podem causar lesões que podes ser fatais; eles perdem a mobilidade e são levados através dos vasos, acabam se transformando em êmbolos, e para evitar que isso aconteça deve-se retirar todos os parasitos do corpo do hospedeiro.

            PATOGENIA: depende do número de parasitos que estão infectando o hospedeiro.
           
DIROFILARIOSE:
*Agente etiológico: Dirofilaria immitis.
                                 *Principais espécies afetadas: canídeos e felídeos, domésticos e selvagens. É zoonose (nos casos de seres humanos, que são raros, nunca ocorre a microfilária).
*Transmissão: regurgitação de saliva com larvas L3 durante o repasto sanguíneo de insetos hematófagos
*Ciclo: de microfilárias a L3 no hospedeiro intermediário(+/-2 semanas), L3 até microfilárias no hospedeiro definitivo.
Período pré patente é de 6 a 7 meses, e a temperatura influencia o ciclo (abaixo de 14 graus o ciclo é abortado).
*Fatores que favorecem a infecção: idade, comprometimento do sistema imunológico.
*Não influenciam a infecção: tamanho do animal, sexo, comprimento dos pêlos, local onde o animal dorme.
*Epidemiologia: presente em todos os continentes. No Brasil predomina em áreas costeiras.
*Sintomatologia (varia de acordo com o número de parasitos): tosse seca, perda de apetite, cansaço, falta de resistência para exercícios. Em casos graves pode ocorrer hematúria (urina com sangue), hiperemia pulmonar, hepato e espleniomegalia, nódulos citâneos e problemas neurológicos. 85% dos contaminados não apresentam sintomatologia.

Diagnóstico: ELISA é usado para testar antígenos de vermes adultos. Gota espessa e Teste de Knott testam microfilárias. Exames radiológicos auxiliam na visualização do estado da parasitose.

Tratamento: intervenção cirúrgica, dihidrocloridrato de melarsonina(risco de tromboembolismo).

Profilaxia: de acordo com a área de incidência do parasito; medicamentos preventivos; combate aos vetores; realização de testes semestrais.










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